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CADEIRA 04

FUNDADOR

PATRONO

SUCESSORA

Capitão Rocha, compartilhou com o Pe. Chagas e com o Cel. Diogo Pinto de Azevedo Portugal , dos objetivos da expedição colonizadora dos campos guarapuavanos, no -a- início do século XIX.

Desempenhou as funções de coordenador no povoamento da região, norteando diretrizes para o bom desempenho, aliado ao trabalho na distribuição de sesmarias, acompanhamento dos degredados, abertura do caminhos que possibilitariam o desenvolvimento regional, além de outras atividades inerentes a seu cargo.


Nasceu no dia 3 de abril de 1781 em S. José dos Pinhais. Foram seus pais: João da Rocha Loures e Ana Ferreira de Jesus. Os avôs paternos Cap. Antônio João da Costa e Maria Rocha de Jesus, naturais da cidade de Santa Maria de Loures. Adotaram esse sobrenome em seus filhos para homenagear a terra natal.

O então Tenente Antônio da Rocha Loures estava incorporado no grupamento da Cavalaria Miliciana da Vila de N. S. da Luz dos Pinhais de Curitiba e veio integrar a Real Expedição Colonizadora dos campos de Guarapuava, de acordo com a Carta Régia de 1° de abril de 1809, a convite de seu comandante o Tenente Coronel Diogo Pinto de Azevedo Portugal.

O primeiro destaque à sua pessoa está contido num documento, dirigido à Junta, datado de 4 de julho de 1812, assinado pelo Pe. Chagas — vigário da Expedição e do comandante Diogo E A. Portugal, após memorável batalha, na defesa do pequeno aquartelamento de Atalaia, durante ataque indígena: "... um oficial distinto pelo seu valor no tempo da guerra por sua moderação no tempo da paz e por sua vigorosidade em aplicar os soldados no trabalho. Sustentou corajosamente em defesa deste aquartelamento de Atalaia pelo espaço de seis horas..."

Formulava-se (1818) os fundamentos da Povoação e Freguesia de Nossa Senhora do Belém, sendo o "Formal da Criação da Povoação e Freguesia de Nossa Senhora de Belém nos campos de Guarapuava" firmado pelo Padre Chagas e pelo Tenente Antônio da Rocha Loures, um importante e elucidativo documento.

Com o falecimento do Tenente Coronel Diogo Pinto de Azevedo Portugal (3 de maio de 1820), assumiu definitivamente o comando da Real Expedição, e já no ano seguinte, declarava constar sob seu comando: treze soldados de linha, um cabo de esquadra, um ajudante de cirurgia, um ferreiro, e um lavrador de madeiras.

Rocha Loures procedeu a distribuição de sesmarias, demarcando esses espaços, conforme pedidos dos fazendeiros. Em 1822, foi promovido ao posto de Capitão.

Até a sua morte, que ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1849, o Capitão Rocha desenvolveu um magnífico trabalho junto à pequena comunidade, num período de transformações políticas, o que dificultava sobremaneira toda a ação, mormente no período em que ficava a povoação, dependente da orientação da Vila de Castro.

Salientar os atributos e a postura desse homem para a história de Guarapuava, talvez não exprima adequadamente tudo o que ele construiu. Perpetuou-se, com a permanência da grande maioria de seus familiares neste rincão. Participou eficazmente na construção de uma sociedade de têmpera forte e sadia.

Antonio da Rocha Loures
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