

CADEIRA 05

FUNDADOR
PATRONO
SUCESSORA
O Vigário Francisco das Chagas Lima levava a efeito em 3 de marco de 1812, o primeiro registro de batizado no "Abarracamento de Atalaia". Foi o de Romana, (filha de Felisberto e Felícia), escravos do Tte. Cel. Diogo Pinto de Azevedo Portugal - comandante em chefe da expedição. 0 Ultimo assento de batismo, feito já no Oratório da Freguesia de Belém de Guarapuava, em 21 de outubro de 1828, foi de Leocádia, filha de Verônica, escrava de Jacinta Mendes. Foram padrinhos: Francisco Manuel de Assis Franca, solteiro e Benedita Teixeira, também solteira.
Em 18 de marco de 1817, era dada e passada em S. Paulo a Carta de Sesmaria da Fazenda Maracujá em favor do Vigário Francisco das Chagas Lima, carta assinada pelo Conde de Palma do Conselho de Sua Majestade, com área de três léguas de fundo e uma de testada, ou vice-versa, com as confrontações que mais convenientes fossem.
E, em 2 de setembro de 1866, falece Reginaldo - liberto e solteiro. Com 70 anos de idade, escravo que fora do Vigário Chagas Lima.
A Câmara Municipal enviou, em 22 de fevereiro de 1888, a Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, copia das Memorias escritas pelo Vigário Chagas Lima a respeito da descoberta dos campos de Guarapuava e duas fotografias do Salto do Rio Jordão que corta ao meio os campos.
Padre Chagas, velho e cansado, retirou-se para S. Paulo, em fins do ano de 1828, falecendo na Vila de Parnahyba.
A Revista do Circulo de Estudos Bandeirantes, menciona: "No começo do presente seculo, apareceu nesta Província um gênio raro, um destes ornamentos do clero de S. Paulo, o virtuoso curitibano Padre Francisco das Chagas Lima, que sendo capeleio de Aparecida (Guaratinguetá) foi mandado a Queluz, hoje Vila Rica, para catequese dos índios que viviam naquele lugar. Lutando com a penaria, conforme e com a miséria (porque o Governo de então, quase nada lhe oferecia) conseguiu aldear os índios e reuni-los a fé Católica. Poucos anos depois foi mandado este Apóstolo à Guarapuava. Conseguiu catequizar três nações diferentes, cujas línguas falava perfeitamente" (p. 605, t. III).
Memória sobre o descobrimento e Colonia de Guarapuava, foi publicado na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo IV, Rio de Janeiro, 1842.